28.1.05

Ainda acaba aos beijos ao retrato do Sá Carneiro!!!


A não perder

Fiquei deslumbrado!! Então não é que o surpreendente Louçã, em mais uma reviravolta ideológica histórica, confessa a MEC que o programa do BE assenta nos pricípios da Social-Democracia Europeia, e admite que elas vieram "ao longo do Séc. XX a influenciar positivamente o sistema tributário, até quando os ricos começaram a pagar impostos."

Não satisfeito, ainda admite "que haja um serviço privado de saúde", condena a URSS, a China, a Coreia do Norte e a Albânia, rejeita o trotskismo e o estilinismo (embra dando o benefício da dúvida a Lenine). Ainda por cima, o BE deixou de ser revolucionário para ser socialista!!

Caramba, estas notícias dos últímos dias deixaram o meu universo político às avessas. Primeiro o Freitas, e agora o Louçã...

PS- Excelente trabalho de MEC, tanto na entrevista como na crónica. É uma magnífica aquisição para a Sábado.


Vossa Excelência deseja uma bengalinha?


Sou do PS desde pequenino!

Quiçá uma cadeira-de-rodas, ou uma marquesa de hospital? É que de tanto tombar para a esquerda, o Prof. Diogo ainda acaba no meio do chão...


27.1.05

Já estamos nos Quartos-de-final


Ó p´ró Bruno Moraes a marcar mais um golo!

Ontem foi a vez do Guimarães ser derrotado no Bonfim por 3-1, com dois golos de Jorginho e um de Bruno Moraes. O golo do Guimarães foi marcado por por Moreno.

Vamos ajudar o Sócrates a cumprir as promessas? – Parte I

Sim?! Então vamos lá… Se ganhar, o homem vai precisar de ajuda para aumentar as receitas. Eis então uma proposta de boletim para uma cobrança do IRS ainda mais simplificada:


Dedicado ao Barnabé



“Não estou pensando em nada
E essa coisa central, que é coisa nenhuma,
É-me agradável como o ar da noite,
Fresco em contraste com o Verão quente do dia.

Não estou pensando em nada, e que bom!

Pensar em nada
É ter a alma própria e inteira.
Pensar em nada
É viver intimamente
O fluxo e refluxo da vida…
Não estou pensando em nada.
É como se me tivesse encostado mal.
Uma dor nas costas, ou num lado das costas.

Há um amargo de boca na minha alma:
É que, no fim de contas,
Não estou pensando em nada,
Mas realmente em nada,
Em nada…”


– Álvaro de Campos

26.1.05

A idade neobarroca

Ando a ler um livrinho muito interessante onde Omar Calbrese proporciona um panorama global dos modos de pensar, sentir e ver que hoje caracterizam a situação cultural, e que, a determinada altura diz o seguinte:

Enquanto as homologações não regulares dos juízos de valor exaltam a subjectividade e a relatividade dos juízos, as homologações do Clássico tendem antes a minimizar o sujeito que as julga e a buscar o quid objectivo das próprias coisas. Se este quid objectivo existe, então todo o sistema de juízos de valor se torna orgânico, porque não requer invenção por parte do sujeito, mas a adequação de todo o sujeito a princípios a ele externos. Todo o sistema dos juízos se revela assim plenamente auto-regulado e funcionalizado: tende por si a eliminar as turbulências e as flutuações. A crise, a dúvida, a experimentação são uma característica barroca. A certeza é característica do clássico.

Poderia assim chegar-se à explicação de por que é que o clássico se projecta naturalmente para uma dimensão conservadora. Mas tal conclusão fica em aberto, porquanto não é necessária e é talvez simplificadora. É, porém, interessante tomar em consideração o que alguns regimes autoritários explicitaram como slogans em favor de uma arte clássica contra os anticlassicismos experimentais. Tanto o regime nazi como o estalinista baptizaram as vanguardas as vanguardas com «arte degenerada». Com efeito, se se esquecer por um instante a conotação depreciativa que Hitler e Estaline davam à frase, o significado é surpreendentemente justo do ponto de vista morfológico. De facto, da nossa perspectiva, todo o fenómeno «barroco» surge justamente por «degeneração» (ou desestabilização) de todo um sistema ordenado, ao passo que todo o sistema «clássico» surge por manutenção do sistema perante as mais pequenas perturbações. Assim, enquanto o barroco às vezes degenera, o clássico produz géneros. É a fatal lei do cânon
.”

25.1.05

O enternecedor Louçã

Louçã, em definitivo, não desarma. Sentiu-se afectado pelas críticas à sua arrogância no debate com Paulo Portas e defendeu-se no Público. Quatro aspectos devem ser realçados:

  1. Como diz Paulo Gorjão, é uma novidade política. É, de facto, uma originalidade vêr o deputado bloquista a ser tão atacado, e, ainda por cima, dentro da sua família política, a ponto de ter de vir defender-se publicamente num jornal;
  2. Outro ponto, muito bem mencionado n'O Intermitente, foi a prestreza com que o Público se disponibilizou a dar tempo de antena ao fulano. Ou bem que são políticamente independentes, ou bem que se assumem politicamente. Esta "meia-água" em que todos gostam de andar tem tanto de tipicamente português, como de absolutamente terceiro-mundista;
  3. Há ainda que dar uma olhadela ao artigo em si sob dois pontos de vista, o legal e o moral. Do ponto de vista legal não concebo, nem hei-de conceber, como é que alguém possa, por um lado, afirmar-se como o único paladino das liberdades, e ao mesmo tempo, nem sequer pôr a hipótese de reconhecer personalidade jurídica a um feto, quando é precisamente o reconhecimento dessa personalidade jurídica que vai garantir ao feto as liberdades que ele tanto almeja defender. Mais, ao abominar este reconhecimento, ele entra numa profunda contradição. Argumenta ele que "implicaria que a moldura penal do crime de aborto passaria de 3 anos para no mínimo 8 anos de prisão e a anulação de todas as excepções da actual lei". Está certo!! Mas afinal não era uma questão de princípio? Afinal sempre existe, para o Bloco de Esquerda, um mal menor? Será que o BE só defende a despenalização do aborto por uma questão eleitoral, para poder marcar a agenda política, e não por uma questão moral? É que quando se vem moralizar no tom pio de Louçã, devemos ter consciência que só há o tudo e o nada. Não existe o "sim, mas, por outro lado...", todos os passos intermédios tem como objectivo a concretização de um objectivo final;
  4. Mas não fica por aqui, Louçã cobre-se de ridículo quando diz que: "ou uma posição moderada vence no único país da Europa onde ainda há julgamentos de mulheres por "crime" de aborto, ou o fanatismo intransigente continua". Fanatismo?? Será que Louçã está a chamar fanáticos atodos aqueles que se pronunciaram no Referendo negativamente a IVG, ou está a passar-lhes um atestado de incapacidade mental? Será, talvez, por isso que diz "não tenho outro compromisso que não seja com a liberdade e responsabilidade para a mudança desta lei, a partir da clareza da decisão democrática". Sim senhor, ele é o democrata moderado e modernaço, e quem não concordar com as suas opiniões que se lixe. Ou então que não fale, que (por uma qualquer razão de cariz marcadamente intolerante) não tem moral para falar!

24.1.05

Faça o favor de repetir...



Opus Gay - Serzedelo ataca Louçã

«O fundador da Opus Gay reagiu ontem às declarações de Francisco Louçã sobre a incapacidade de Paulo Portas se pronunciar sobre o direito à vida, uma vez que não tem filhos.

António Serzedelo considerou a posição “ideologicamente estruturante de um líder” do Bloco de Esquerda. E acusou este partido de querer “dominar esta causa” ( a dos Gays), e de encarar a Opus Gay como um “obstáculo”.»
- in Correio da Manhã, 24/01/2005

Mau!!! A Opus Gay a defender o Paulo Portas??

Mas o Vitória ganhou



E isso é que é importante. Desta vez a vítima foi o Penafiel, que voltou para casa goleado por 4-0, golos de Meyong, Bruno Ribeiro e dois de Bruno Moraes.



Tomem lá morangos!!!

O Benfica perdeu


Tenho tanta pena...

Podem-me perguntar: porque raio é que não gostas do Benfica? Não sei. É inexplicável, mas algo naquele clube me altera, mexe com os meus nervos. Talvez seja a cor demasiado progressista, o a águia demasiado nacional-socialista, enfim, não sei. E depois há os adeptos... Já repararam que o "Barbas" só podia ser adepto do Benfica!!!??

Agora imaginem: um fulano com um fato de treino com o casaco aberto até ao início da barriga, por baixo uma camisa de alças e um grosso colar de ouro com um crucifixo, umas "sapatilhas de téne", uma "sande" numa mão e um copo de carrascão na outra, a unha do dedo mindinho mais comprida para poder tirar a cera dos ouvidos e os macacos do nariz, "almofadinha da bola" e jornal desportivo debaixo do braço, fausto bigode amarelado nas pontas, oculos Ray Ban de Carcavelos (modelo 70's), um bonézinho daqueles que têm rede, com rádio, antena e fones incorporados, e na parte da frente do boné está desenhado o simbolo do seu clube. Estão a imaginar? A sério, visualizem-no bem...


Ei-lo, num jogo da Selecção


Será um extraterrestre? Não, é um "tuga" de gema. O seu clube? Benfica, claro!



"É pá, nem todos somos assim!!! Ó p'ra este sorriso lindo..."

Ah, sendo assim, peço desculpa.