2.7.04

Millôr Fernandes



Nasceu no Rio de Janeiro. Dramaturgo, poeta, tradutor, humorista, Millôr foi quase tudo. Compõe um Livro Vermelho com pensamentos de todas as cores. Em mais de seis décadas de actividade diária na imprensa escrita em Portugal e no Brasil, colaborou para a Cigarra, O Cruzeiro, Tribuna de Imprensa, Correio da Manhã, Pif-Paf, Pasquim, Veja, Isto É, Jornal do Brasil, O Dia, e para o extinto Diário Popular. Cláudio Melo e Sousa disse um dia: “Millôr Fernandes tem a pretensão de ser o inventor da liberdade de Imprensa.

Em Portugal conheceu Gago Coutinho, António Botto, Humberto Delgado, Raul Solnado, e outros. Oliveira Salazar leu o Pif-Paf , página semanal do Diário Popular durante mais de uma década, e ria. Acabou por confessar a um assessor: “Este gajo tem piada. Pena é que escreva tão mal o português.” A Salazar incomodava a irreverência de Millôr, e não o uso da língua de Camões, de que ele é um profundo conhecedor.

Millôr ombreia com a fina-flor do pensamento ocidental, raciocinando à altura de Platão, Swift, Balzac ou Marx. A única diferença entre os demais pensadores e Millôr é que este se compraz em corromper todo o conhecimento não de todo comprovado. Ou, como ele próprio diz: “um escritor sem estilo”, na verdade mais um chiste da sua lavra.

Ainda hoje escreve, às vésperas de fazer 80 anos!

- Adaptado de “O Mago do Riso Absoluto”, de José Alberto Braga.


A partir de hoje iniciamos uma nova rubrica, o “Pif-Paf de Millôr”, com alguns dos seus provérbios, perguntas, definições, “pílulas”, paradoxos e poemas. Espero que apreciem.

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